segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Crossroads

Há quase exactamente um mês encontrei-me perante uma daquelas alturas na vida em que temos de tomar decisões que sabemos que vão marcar toda a nossa vida. Vi com clareza as duas escolhas que se me apresentavam. Nenhuma delas me agradou.



Ir para a esquerda ou ir para a direita. Parecia tão simples. Esquecer ou não esquecer, tentar ou não tentar. Fugir ou ficar?!

Pedi conselhos a amigos, a quem pensei que pudesse ter um discernimento melhor que o meu, a amigos imaginários, ao Google (eu às vezes cedo à minha vertente geek)... continuei na mesma, sem saber bem o que fazer.

Depois entrei em negação, revoltado com o facto de só ter esses dois caminhos, chateado com quem me deu apenas essas duas hipóteses, perdido sem argumentos que me levassem a saber mais, a saber que direcção tomar, sem saber sequer porque tinha de ser eu a escolher...

Acho que todos nós temos a noção, assim por alto, da direcção que queremos dar à nossa vida, do que desejamos para nós, do que esperamos e ambicionamos alcançar. Mas ali, naquele cruzamento eu vi dois caminhos que não me agradavam, dois caminhos que não me iam levar a nenhum sítio onde quisesse estar. Sabem como é?

Decidi portanto, dias depois, tentar algo inesperado, partir à aventura e sair do caminho óbvio, seguir em frente. Não há caminho? Não importa, eu farei um à minha passagem. Pela primeira vez na minha vida senti que não sabia onde estava, o que me esperava ou se estava sequer preocupado com isso.

Mas funcionou.


Nem sei bem como cheguei a este caminho, seguramente não sei onde me leva, mas parece-me estranhamente familiar, indubitavelmente seguro, absolutamente belo e maravilhoso.

Porque a vida é um sítio estranho,
Kenny.

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