Estou de férias esta semana (sim, uma semana, usei os meus primeiros dias de férias de 2012! Yey!) e pensei usar este período para reflectir.
Eu tive uma paixão de liceu que durou anos. Anos! Quando a ultrapassei não sei, mas sei que pouco depois disso conheci aquela que normalmente seria... aquela.
Estou farto de pensar nisso... de tentar recordar como ultrapassei a primeira.
Recordo-me apenas de convidar a segunda para um café através do mIRC (meio a medo porque me apercebi quem era e de onde a conhecia). Lembro-me de ter ficado fascinado com os seus olhos. Eram curiosos, profundos e brilhantes. Recordo ainda as bases do nosso longo diálogo, durou imenso tempo e eu saí de lá caído. Completa e inequivocamente caído por ela. Ela não. Para ela foi apenas outra pessoa interessante, outra... Já se passaram mais de 7 anos.
Nesse ano prometi-lhe que estaria sempre com ela por volta de dia 6 até dia 11 de Novembro, devido a efemérides que só a ela dizem respeito. Prometi que acontecesse o que acontecesse ia poder contar comigo nessa altura. Cumpri. Mesmo sem que ela se apercebesse, eu cumpri. Foi por essa noção medieval e cavaleiresca de promessa que voltámos a falar um par de vezes, mesmo quando a distância física e emocional parecia inalcançável.
Este ano vou quebrar a promessa.
Pensei no que fiz para ultrapassar a primeira e ... nada. Porque não fiz nada. Apenas não haviam contas pendentes ou promessas entre nós. A distância e o tempo limparam tudo sem que eu me apercebesse.
Não sou pessoa de quebrar promessas a outros, nunca o fiz, quebrei várias a mim mesmo... sendo uma delas a promessa de lutar por ela, mas há uma primeira vez para tudo.
Reparei agora na data... Por esta altura há 6 anos estávamos sentados num banco, isolado no parque, fracamente iluminado por um candeeiro, a fazer juras de amor que falharam e a sonhar com um futuro que ficará por cumprir.
The last woman I kissed,
Kenny.
7 comentários:
Acredito que haja pessoas que se esquecem pelo cansaço. Ao fim do tempo, ficas tão cansado de pensar nelas, de tentar perceber os porquês, o cansaço que te pesa é maior do que o amor que lhes tiveste e paras de pensar.
Não estou a dizer que vás esquecer, seria mentir-te descaradamente, mas vais parar de pensar com a força de antes, o desespero de antes.
Aconteceu-me isso, um da acordei e puff...
Tens de limpar de vez do teu sistema que as coisas não funcionaram porque tu não lutaste. As coisas não funcionaram e o outro lado também não lutou por ti. Talvez seja o que custa mais admitir, o facto de a outra pessoa não nos ter querido. Mas passa, pelo menos diminui.
Os ideias de cavalaria são bonitos, mas esbarram naquilo que é a vontade dos outros. Nem sempre as nossas promessas podem ser cumpridas, há muitos dragões e torres e castelos e ladrões pelo caminho. Não te castigues mais com isso.
Eu bem digo que tu és a minha versão homem, pá! Vá, quantos anos tens? Onde moras? Dá-me o teu telemóvel, JÁ! ;)
Aw...texto lindo, cheio de sentimento, a vida é assim às vezes, ideias e projectos que ficam sem cumprir *
@Uma Rapariga Simples: Na verdade acho que estou melhor. Não sei explicar porquê, mas estar de férias faz-me bem.
De resto posso dizer que quando comecei a escrever o post não sabia que iria a meio aperceber-me do que se passou.
A cultura popular possui um ditado "Longe dos olhos, longe do coração". E a verdade é mesmo essa. As coisas acabam sempre por passar se não estivermos constantemente a ser bombardeados com memórias, despoletadas por objectos que até nos são queridos como fotografias ou ofertas.
Quanto aos ideais de cavalaria, são algo historicamente incorrecto (impreciso seria uma descrição melhor), algo com o qual a Disney nos bombardeou colectivamente e que a minha irmã incutiu em mim. Mas já aprendi há uns anos que as mulheres não procuram isso e ultimamente nem sinto qualquer cavalheirismo em mim. :x
Quanto à última parte, sou quase trintão, não sei bem onde moro (true story!) e teria de te enviar um telemóvel por correio. És awesome! :)
@Clementine: Bem-haja pelo comentário. Tens toda a razão. Eu aprendi isso à pedrada. :)
Primeiro que tudo, tens de me ensinar como é que pões os negritos e coiso e tal que eu ainda não dei com isso (lá se vai eu ser a tua versão blá blá blá lol).
Segundo, ainda bem que estás a afastar-te disso. É muito para ti. :)
Terceiro, eu devia deixar de escrever estas coisas porque ainda pensam que eu ando a fazer-te propostas indecentes (o que até podia ser), embora tenha gostado da parte de me mandares um telemóvel pelo correio. Qual é o modelo mesmo? :D
Mas fiquei baralhada, estás quase nos trinta ou nos quarenta?
Vá, deixo-te uma beijoca, não sou nada essas coisas, tenho apenas demasiado tempo livre para escrever comentários a metro. :)
Tenho vinte e muitos, está melhor assim? lol.
Fazes os negritos colocando < b > (tudo pegado) _antes_ do que queiras colocar a negrito e < / b > (também tudo pegado) no final. O i coloca a itálico e o a serve para colocar links (se fizeres isto alguma vez, faz pré-visualizar comentário, só para confirmar que está como deveria). :)
Quanto ao resto, só para aí 3 pessoas lêem isto. lol! :)
Aiiiii, faltou ali um bom, "é muito bom para ti" e não "é muito para ti". -.- Gaita!
Eu vi logo! Então és um vintão, quase um trintinho. Ainda te falta outro tanto para seres um trintão, mas lá chegarás. ;)
Com um bocado de sorte, eu conheço duas delas (pelo menos no virtual), maneiras que elas já sabem que daqui não podem esperar muito, o que não deixa de ser um alívio. lol
Eu vou copiar a tua instrução e praticar, a ver se assimilei tudo
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