Legislativas 2011

Na altura das eleições para Presidente do Sporting falou-se imenso da desigualdade de algumas pessoas possuírem 20 votos enquanto outras possuíam 1. Eu nesse caso entendi que se pretende dar um bónus a quem está há mais tempo no clube e é uma medida de segurança que evita que para-quedistas consigam falsear eleições no clube. 

Nas Legislativas algo de semelhante se passa. São eleitos representantes por distrito, que nem sequer são proporcionais ao número de pessoas desse distrito, que nem sempre são desse distrito, que quando vencem são substituídas e um voto pode ser completamente inútil. De resto já me queixei de algo semelhante aquando das Presidenciais americanas, em que se passa algo parecido.

Eu gostava que a percentagem de votos conseguidos e a percentagem de deputados eleitos fosse a mesma. Porque senão há votos que são completamente inúteis. No meu distrito já são eleitos poucos deputados (4), então sabe-se perfeitamente que metade é PSD e metade PS, eu votei num partido que nunca teria um deputado eleito, mas eu votei na mesma.

No entanto fico com a sensação que seria mais justa uma eleição directa, como nas presidenciais, em que se vota numa pessoa e não num partido. O Passos Coelho pode, de resto, nem fazer parte do próximo governo, pois quem ganhou não foi ele, mas o PSD, no entanto foi nele que as pessoas votaram e é a ele que Portugal aparentemente quer no poleiro.

Quando a conclusões pós-eleição devo dizer que tenho apenas uma a retirar: Chateia-me ver como pessoas que foram manifestar-se aquando da Geração à Rasca não foram capazes no Domingo de levantar o cu do sofá para ir votar. É hipócrita como o c*ralho!

No really, hint needed! 

Kenny.