terça-feira, 19 de fevereiro de 2008

A Questão do Aborto

Vou falar do aborto neste texto, portanto caso considere um assunto demasiado... err... chocante, não coloque os olhos neste post.

Agora que escrevi o disclaimer for dummies, posso escrever o que me apetece. Eu votei não no referendo ao aborto, no último, no primeiro não me recordo honestamente se votei ou não, mas se votei com certeza que foi um sim. Era adolescente e se uma mulher quer abortar é com ela.

Mas no último referendo votei não. Sim, acredito que Deus existe, não, não foi por isso nem pouco mais ou menos. O referendo não fala do papel do pai. Parece que o puto foi feito por concepção espontânea. Simplesmente aconteceu. Digo isto porque se a grávida quiser abortar, pode abortar (dentro dos tais 9 semanas, ou o que seja) mas se o pai chegar e disser: "Eu quero que tenhas o bébé, eu trato dele e tudo" ela pode na mesma abortar. Não me parece muito justo... Numa altura em que as feministas e pseudo-feministas invadem a sociedade a torto e direito, em que reclamam os mesmos direitos que o homem, acho que deviam pedir também os mesmo deveres. Elas são beneficiadas em imensas situações, não foi nem uma nem duas vezes que vi uma mulher ser uma cabra para ter benefícios. Desde deixarem o decote na cintura para se safarem a uma multa, a fazerem-se à grande e à francesa a um professor para ele lhes dar o valor que lhes falta para fazerem a cadeira, a serem beneficiadas em tudo e mais alguma coisa... São tantas as situações e tão pouco tempo que tenho!

O aborto dava poder à mulher sobre o seu corpo, é verdade, sim, é correctíssimo. Mas há algo que nisso tudo está errado, o nosso corpo não é bem nosso. Senão o suicídio e o suicídio assistido eram permitidos. O nosso corpo pertence ao estado. O estado decreta o que podemos ou não fazer com ele, caso se estejam a cagar para o estado é a religião que toma conta dele... Bonito né?! Temos de ter a noção que estamos a dar cabo de uma criança, de uma vida, ao abortar. Quando é que uma vida começa? Quando o mini-Kenny de cauda entra no óvulo da feliz contemplada? Quando o bébé nasce? Quando fala? Quando ainda feto dá um pontapé? Quando o coração começa a bater? Ninguém sabe, e ninguém com 2 dedos de testa pode dar uma resposta. Vejam isto, a menos que sejam sensíveis. Acreditem na minha palavra, se são sensíveis não abram este link.

Eu sou a favor de uma lei do aborto que proteja a mulher e que dê poder ao homem para decidir se apoia ou não a mulher. Percebo a complexidade de tal lei, percebo que tem de se chegar a um acordo sobre qual o número de semanas, mas para mim, que sou claramente um leigo na matéria, umas 4 semanas seriam aceitáveis. Há muito ainda por dizer do tema, e eu não tenho tempo nem vontade. :x

Bolas
Kenny

Um comentário:

Óscar Pereira disse...

Também eu já pensei em escrever sobre isto. Salvo alguns pormenores (sobre os quais não me apetece alongar agora) concordo com o que escreveste. E eu também votei contra.