domingo, 17 de fevereiro de 2008

Chantagem Emocional

Este post não tem nada de chantagem, mas achei que era um bom título para o que pretendo escrever. Estranho mas verdade. Sou um génio, se não me entenderem é normal, é que para além de inteligente sou convencido e escrevo um monte de merdas. É verdade, é normal, e isso faz de mim a pessoa que sou. Eu tenho uma imagem minha realista, e tenho uma imagem minha que deixo transparecer. Obviamente não são as duas iguais, num mundo perfeito seriam, mas este mundo não é perfeito.

Há pouco mais de um ano, um ano e um par de meses era aquilo a que os machos latinos chamam um "coninhas". Peço desculpa pela "asneira" mas está escrita em bom português, está no dicionário (sem o diminutivo, obviamente, senão tinham de encher um dicionário de "merdas" e "merdinhas") e como tal a palavra é aceite em sociedade. E o que é ser um "coninhas" ? Aparentemente é ser um cavalheiro com as raparigas, não olhar para decotes que não da namorada, não dizer asneiras, portar-se como um príncipe encantado. Eu reconheço, penso nisso e revejo-me, o palhaço que servia de apoio físico caso ela precisasse de cagar, não que a expressão esteja correcta ou que isso tenha acontecido, é uma metáfora...

Eu agora estou longe do "homem-coninhas" e sou o "homem-cabrão". Já é a segunda vez que ando por esta estrada. Após o desaire que sofri ao ser um "homem-coninhas" achei que era altura de mudar, aliás, não achei nada, na verdade mudei naturalmente. Da mesma forma que me tornei um "homem-coninhas" evolui (segundo alguns, para trás, leia-se regredi) para o "homem-cabrão". Se tinha a fama graças a "gajas" despeitadas, agora queria o proveito de "gajas" vividas.

Ser um filho da mãe tem imensas vantagens, mas tem imensas desvantagens. Comecei a voltar a sair com o pessoal com que saía à largos meses. Sou um rapaz directo, digo o que penso, e falo sem papas na língua, reparei que até o gajo mais perverso do grupo se chateia se passa uma rapariga podre de boa e eu grito entusiasmado: "É um 7!" Bolas, eu sei, com aquele peito ela merecia um 6, mas quer dizer, tinha um belo vestido! Depois de uma noite nestas andanças cheguei a uma conclusão, eu na verdade nunca fui "coninhas". A realidade é que me apaixonei pela coisa errada. Foi como um veado a olhar para uns faróis. São giros, ofuscam a visão, atordoam, um gajo fica abananado e é capaz de fazer coisas idiotas por muito feio que seja o carro. Eu fiz muitas, arrependo-me de imensas, mas há coisas boas, acabou e agora sou eu de novo. A culpa de ter passado para essa fase nem é minha, nem dela, são situações de vida.

Eu nunca fui eu mesmo com os meus amigos, não sou capaz, nem sei se confio nas pessoas para serem meus amigos. Não tenho confiança em nada, nem no dia de amanhã nem no dia de ontem. Sim, o dia de ontem. Não tenho a certeza que as coisas que penso terem acontecido, que recordo e sobre as quais escrevi anteriormente aconteceram mesmo. Será imaginação? Será droga? Não sei, mas sei que não confio em quase ninguém. Por vezes até de mim desconfio. Tem as suas vantagens. E desvantagens ? Bem, não há grandes desvantagens... :)

Este post era para ir noutra direcção, acabei por falar na minha desconfiança pelo mundo. Não importa, outra vez será. Posso dizer que sou o que sou porque fui moldado, por mim e por outros, assumo toda a responsabilidade por quem sou e pelo que faço (obviamente) mas não me digam que as meninas são todas santas, nem que os amigos são para sempre. Eu não acredito. Não me digam que há sequer algo que dure para sempre, nem eu nem a lei alemã acreditamos nisso. E nem usem os argumentos que o casamento é para sempre, não, não é. É até que a morte vos separe. Isto tendo em conta que a Igreja acredita ( aliás todo o Cristianismo se baseia na Ressurreição de Cristo, aliás, só isto merece um post completamente novo ) na vida após a morte. Ridículo hu?


Na verdade este post serviria para dizer que eu nunca traí ninguém, e que as verdades vêm sempre ao de cima. Depois de um mês, um ano, uma década, não me importa. Ser acusado de ter matado o Papa, de ter tirado a virgindade a raparigas que não conheço, de me verem numa discoteca gay num país onde nunca estive, ser filho do primo do avó da tia Anita de Loulé, que não conheço.... Eu tenho uma notícia a dar: eu sou humano, um génio, mas humano e erro, não erro socialmente faz muito tempo, agora tenho um cuidado extra a escolher amigos e namoradas, mas erro, e sei que vou errar e meter a pata na poça muita vez, mas no fim, toda a verdade se conhece, nem que eu tenha de escrever um livro e apresentá-lo ao mundo apenas com ele como roupa. : )

Como conclusão posso dizer que sim, sou aquilo a que as pessoas chamam "homem-cabrão" tenho as minhas opiniões e digo-as, não vou contra o que acredito por ninguém, não ando a bajular pitas apenas aprecio, sei o que quero e como o conseguir e sei perfeitamente quem quero comigo para alcançar os meus sonhos. Por outro lado, se vir uma rapariga que me desperte interesse falo com ela, digo o que penso e sou "cabrão". Não me interessa se a coisa corre bem ou mal, não a quero na minha cama, quero conhecê-la. Se ela quer cama eu arranjo-lhe um colega que agora estou apanhado. E é aqui que queria chegar, eu estou completamente apaixonado, não estou obsessionado nem vidrado numa pessoa, estou apaixonado. Não deixo de ser directo e francamente mau para a maior parte das pessoas, mas contigo sou diferente. Não sou assim. Quando estou contigo e mais alguém até posso portar-me como um "coninhas", mas quando estamos sós não podia ser "mais directo e estúpido" (aliás deves reconhecer estas palavras).

Já agora, uma nota final para os gajos: elas sonham com um príncipe encantado que as salve do dragão, mas no fim do dia o cabrão é quem as leva para casa.


"Homem-coninhas-cabrão"
Kenny

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